
FAZENDA TEM 132 HECTARES QUEIMADOS APÓS EXPANSÃO DE CAMPO DE FOGO EM CRATEUS

Um incêndio de grandes proporções queimou 132 hectares da fazenda Bela Vista, propriedade agrícola no município de Crateús, distante 355 quilômetros (km) de Fortaleza. O incidente aconteceu no dia 28 de agosto passado, início do segundo semestre, período caracterizado pela maior ocorrência de queimadas no Ceará.
Segundo o proprietário da fazenda Bela Vista, Renan Mourão, nenhum dos animais criados no local foi atingido pelo fogo. Entretanto, parte essencial do capim utilizado para pastagem, cercas e alguns equipamentos da unidade foram queimados, em prejuízo que ultrapassa a casa dos R$ 400 mil.“Mandei fazer um laudo pericial e chegamos à conclusão que com a perda de capim, lucros cessantes e tudo, o prejuízo deve ser de R$ 401 mil. O grande problema hoje aqui vai ser a alimentação para os animais, porque eu tenho um rebanho de ovinos de 1000 animais e bovinos de mais de 200 animais. A reserva alimentar que eu tinha foi destruída pelo fogo”, afirma o produtor.Os prejuízos também consideram a compra de forragem para manter a alimentação dos animais até a recuperação do solo da fazenda, já que todo o capim e reservas alimentícias foram consumidos pelo fogo.
O caso foi registrado como crime de incolumidade pública na Delegacia Regional de Crateús, unidade da Polícia Civil do Estado do Ceará na cidade. A pena para o delito é de seis meses a seis anos, a depender das características do crime.A queima de vegetação também é enquadrada na Lei Federal 9.605/98, que dispõe sobre os crimes ambientais no Brasil. O texto prevê pena de seis meses a quatro anos, a depender se o delito teve dolo ou não.O POVO procurou o proprietário da fazenda Belo Horizonte para mais detalhes acerca do ocorrido, bem como saber se havia autorização para o uso de campo de fogo na região. Entretanto, o fazendeiro não atendeu às ligações.
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) informou que investiga o crime contra a incolumidade pública do último dia 28 de agosto, na localidade de Riacho do Mato. Um Boletim de Ocorrência (BO) também foi registrado, em 29 de agosto, na Delegacia de Crateús, unidade à frente das investigações.

FONTE: O POVO

