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Homem que matou escrivão é denunciado pelo MPCE por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo

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O preso não foi acusado por homicídio em razão da Promotoria de Pedra Branca entender que é responsabilidade da Promotoria de Tauá, onde aconteceu o crime

Assassino confesso de um escrivão da Polícia Civil do Ceará (PCCE), Antônio Josivan Lopes Silva foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo. O comparsa dele, Marcos Vinícius da Cruz Barbosa Carvalho, foi acusado pelos dois primeiros crimes.

A Promotoria de Justiça de Pedra Branca, responsável pela denúncia, apresentada no último sábado (12), não acusou Antônio Josivan pelo homicídio do escrivão Aloizio Alves de Lima, por entender que é responsabilidade da Promotoria de Tauá, onde aconteceu o crime. O suspeito estava detido na Delegacia Regional de Tauá (plantonista), pelo flagrante de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo ocorrido em Pedra Branca, quando pegou a arma do policial civil, o matou e fugiu.

suspeito de matar escrivão em Tauá
Segundo a denúncia, a Polícia Militar do Ceará (PMCE) recebeu uma informação que um foragido iria embarcar em uma topic, no bairro de Santa Úrsula, em Pedra Branca, com destino a Fortaleza. Os policiais militares realizaram uma barreira e pararam o veículo por volta de 21h de 29 de abril deste ano.

Os policiais militares encontraram 3,9 kg de maconha, em uma mochila de Marcos Vinícius, e um revólver artesanal, calibre 36, com uma munição, na bolsa de Antônio Josivan. Ambos estavam sem documento de identificação. Josivan reconheceu que era monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia quebrado o equipamento. Os dois suspeitos negaram se conhecer, mas a investigação descobriu que eles foram cooptados por uma quadrilha para realizar o transporte da droga para a Capital.

A Vara Única da Comarca de Pedra Branca, da Justiça Estadual, mandou notificar os acusados, para oferecerem defesa prévia em um prazo de 10 dias, para ser analisado o recebimento da denúncia. O juiz nomeou Emanuel da Cruz como advogado dativo de Antônio Josivan. “Estou aguardando o prazo para ver se ele irá constituir advogado particular. Caso não constitua, eu irei apresentar a defesa”, afirma o advogado.

A defesa de Marcos Vinícius, representada pelos advogados Alanne Martins e Jeferson Lima de Matos ressaltou que o cliente não participou do homicídio do policial civil. Segundo a defesa, o magistrado “que responde pela Comarca da cidade de Pedra Branca-CE, atendendo a pleito da defesa e do Ministério Público, retificou a homologação do auto de prisão em flagrante, declinado a competência do crime de homicídio para a Comarca de Tauá”.

SUSPEITO FICOU FORAGIDO POR MAIS DE UM MÊS

Antônio Josivan Lopes Silva conseguiu fugir da Delegacia depois de matar o escrivão Aloizio Alves de Lima, na madrugada de 30 de abril deste ano. Ele permaneceu foragido por mais de um mês, até ser localizado e preso em São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo, no dia 6 de junho último.

Em um vídeo, Josivan assumiu ter cometido o crime, ao ser questionado por um policial civil: “Eu já assumi, senhor, eu tô assumindo”. Depois, o suspeito afirma que “não foi por querer” que cometeu o crime. O agente insiste por mais detalhes, mas ele responde: “Aí eu só posso dizer na frente do meu advogado, senhor”. O preso foi transferido para o Ceará na última sexta-feira (11).

DN


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Dr Andre Luis médico otorrinolaringologista. Mais de 20 anos de experiência. Atende na Laboclínica. 36912167

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